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Conselhos do Ricardo Marvão C07 às novas gerações (Webinar Uploading the Future)

Conselhos do Ricardo Marvão C07 às novas gerações (Webinar Uploading the Future)
Ricardo Marvão, cofundador da Beta-i

Ricardo Marvão foi C7, efetuou o estágio na ESA - European Space Agency, em Darmstaad, na Alemanha e é cofundador da Beta-i, uma consultora de inovação que foi a primeira instituição portuguesa a integrar a lista da OCDE Business for youth.

A Beta-i está muito comprometida com práticas ambientais, sustentabilidade e economia circular. A este respeito, o Ricardo refere que estamos numa fase em que, tanto o talento, como as empresas, devem ver estes procedimentos como um dado adquirido, ambicionando fazer mais e melhor.

Ricardo recorda as oportunidades que o INOV Contacto lhe proporcionou. Classifica este programa como "fantástico". Salienta, ainda, que estes jovens vão aprender com novas culturas, em empresas que pensam de formas diferentes da sua e muitas vezes vão conviver com pessoas com backgrounds e skills muito diferentes dos seus. Isso traduz-se num enorme ganho, pois significa receber muito: experiência, novas skills, core skills e uma base sólida de know how e superação.

Abordando a questão das mudanças inevitáveis, o Ricardo lembra a surpresa e o ceticismo suscitados quando, há quase 10 anos, a Tesla referiu ter como principal objetivo comercializar veículos elétricos. Curiosamente, há algumas semanas a Volvo anunciou que, a partir de 2025, só trabalhará com veículos elétricos. Ou seja, a transição é morosa, mas existe uma altura em que se irá impor, de tal forma, que afetará toda a indústria. Isto significa que existem mudanças que as empresas têm mesmo de realizar.

Dessa mudança faz parte a consciência de que se queremos captar e reter talento, a pessoa pretendida deve sentir-se inspirada. Se arranjarmos forma de inspirar aquele colaborador para o projeto em questão, o resultado será incomensuravelmente melhor.

A Beta-i colabora com diferentes empresas. Como tem muitos projetos de inovação aberta, trabalha com startup's, pme’s, centros de investigação e institutos públicos. Começa-se a constatar que, principalmente na área da inovação, existe alguma dificuldade nos departamentos de recursos humanos quanto a saber como encontrar aquela pessoa que gosta de falar com colegas de diversos departamentos e ninguém sabe muito bem o que faz. Mas, o seu papel de “unir os pontos” proporciona sinergias entre equipas e essa skill é cada vez mais valorizada.

Um último aspeto a abordar prende-se com "os que vêm a seguir", os próximos, os "futuros", que virão a integrar aquele projeto. Quando o Ricardo foi para a Agência Espacial Europeia, uma das suas primeiras preocupações foi falar com os vários departamentos da ESA e perguntar se pretendiam receber um INOV Contacto. Acontece que, ao longo dos anos, conseguiu colocar na Agência cerca de 25 portugueses. Esse contributo vai permitir que outros tenham também uma boa experiência. Assim, quem fizer o INOV Contacto deve esforçar-se para que a experiência dos seus "sucessores" seja a melhor possível.