Rede Alumni

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Conhecendo o percurso da C4 Catarina Diniz até à Staging Factory, um projeto empreendedor que ilustra como "o valor de um espaço é a vida que ele é capaz de gerar"

Catarina Diniz | C4 | Instituto do Vinho do Porto | Londres, Reino Unido

Entrei em 1994 para o ISCEM. Perante a possibilidade de fazer o primeiro estágio no estrangeiro não hesitei. Arranquei no Verão de1995 para Paris para preparar o desfile de Lolita Lempicka no Louvre.

Em 1997, com 60 dólares no bolso, parti para Nova Iorque em busca de novas aventuras. Trabalhei no restaurante PÃO e aproveitei para explorar a Grande Maçã. Em 1998 entrei para a Novodesign, onde contactei pela primeira vez com a estratégia das marcas. Segui para a Ammirati Puris Lintas, onde durante 2 anos vivi as marcas da Unilever, Lactoibérica, Abril/ Controljornal e Parmalat.

Em 2001, candidatei-me ao programa Contacto e entreguei o meu destino nas mãos do (à data) ICEP. Acreditava que me iam enviar para a China, mas acabei por ir para Londres com a missão de promover o Vinho do Porto.

Em 2003 aceitei o convite da Agência de Publicidade Strat e regressei a Portugal para lançar a Super Bock Green e promover marcas como a Skoda, a Macieira, a Super Bock e o Óleo Fula.

Passados dois anos, achei que tinha muito para aprender e candidatei-me ao Bootcamp de Planeamento Estratégico da Miami Ad School de São Paulo. Após um estágio intensivo na grande metrópole, regressei à terra natal e iniciei-me no branding, na Brandia Central. Daqui só tenho boas recordações, do desenvolvimento da campanha “Lisboa Golf Coast” à criação da marca “Memmo – Unforgettable Hotels” (that I will never forget).

Depois de um convite irrecusável do Grupo Ativism, fui para a Mola Ativism, como responsável de estratégia, onde criei a marca Babybubble. A verdade é que desbravar novos caminhos faz parte da minha essência. Por isso, aceitei o desafio de integrar a equipa fundadora da Bottom Line Ativism, como responsável de estratégia. Foi por impulso, mas não por acaso, que fui parar à estratégia.

Em 2010 decidi que estava na altura de criar a minha própria marca e iniciei o projeto Staging Factory, juntamente com a Margarida Diniz.

Desde 2011 que a Staging Factory integra o design de interiores e o “home staging” com uma visão estratégica do mercado para maximizar a funcionalidade, atratividade e o valor dos imóveis. Revelar o potencial máximo do produto imobiliário e turístico, destacá-lo dos concorrentes e proporcionar aos visitantes um imaginário de sonho é a chave para a maximização do valor e da rapidez da sua comercialização. Otimização dos espaços e maximização do ROID (Return on Interior Design) é o principal output da Staging Factory, que contribui para o aumento da rentabilidade dos investimentos imobiliários e turísticos.

Shoevenir, um projeto de calçado sustentável, vegan e produzido em Portugal co-fundado pelo Gonçalo Marques C23

Gonçalo Marques | C23 | Branco Carvalho Neto | Shanghai, República Popular da China

A Shoevenir é uma start up com sede no Porto, que se traduz numa marca de sneakers que tem como objetivo representar lugares, eventos e as memórias por trás deles. “Acordar todos os dias numa cidade como Shanghai fez-me perceber a velocidade do mundo e a necessidade de lhe dar uma resposta.”

Durante um ano e meio, misturaram viagens, arte e sustentabilidade para desenvolver sneakers revolucionários. "Queremos continuar a ter memórias incríveis no nosso planeta e é por isso que colocamos a sustentabilidade no centro de tudo. Isso significa melhores materiais, processos, sneakers mais duradouros e versáteis.” As shoevenirs incluem materiais como: cortiça reciclada, pele sintética e uma sola 100% reciclável. Adicionalmente, plantam 1 árvore por cada par vendido de forma a compensar a pegada carbónica da sua produção.

Cada modelo resulta de uma colaboração com um artista que cria um postal, ao seu estilo, de um lugar. Essa ilustração é posteriormente aplicada no interior do sneaker e nos produtos em volta dela. É a ponte para revisitar memórias incríveis.

A primeira coleção consiste em 6 sneakers: Porto, Lisboa, Madeira, Açores, Algarve e Cloud. Todos eles, através das suas cores e detalhes, estabelecem uma conexão com os lugares que retratam.

O modelo Cloud, completamente branco, foi criado para todos aqueles que querem criar a sua própria memória ou simplesmente adotar um look mais “clean”. O objetivo é escalar o conceito para qualquer lugar ou evento no mundo.

”Queremos continuar a criar calçado que seja mais que um logótipo. As shoevenirs levam o seu utilizador a viajar. Hoje poderá ser até lugares portugueses, mas no futuro até Barcelona, Londres ou até ao Rock in Rio, quem sabe?”

  • informação sobre o projeto:

www.shoevenirworld.com

https://www.linkedin.com/company/shoevenir

https://www.facebook.com/shoevenirworld

https://www.instagram.com/shoevenirworld/

Uma grande caminhada na diversidade da costa portuguesa - A National Geographic entrevista André Rocha C4

André Rocha | C04 | Sonae | São Paulo, Brasil

O André Rocha, C4 e atual gestor, docente universitário de liderança e sustentabilidade corporativa na Porto Business School e fundador do The Escapist, um projeto que promove expedições em locais remotos, percorreu a pé, a costa portuguesa de norte a sul. Foi uma caminhada de 961 kms naquilo a que chamou a “Route 76”.

Em entrevista à National Geographic o André fala de alguns aspetos que o moveram neste trajeto: Para além de ser uma aventura magnífica, o sonho antigo de conhecer Portugal em câmara lenta e passo a passo e a vontade de delinear uma rota pedestre por todo o nosso litoral foram determinantes para esta decisão e partilha impressões, narrativas e opiniões sobre esta experiência.

(…)

Além da superação física, quais foram os maiores desafios que enfrentou no terreno?

Apesar de o nosso processo intelectual estar relativamente domado durante os dias de caminhada, são muitas as alturas em que nos apetece parar, independentemente de qualquer limitação física que possa haver. O nosso litoral é longo, e quando nos deixamos parar para pensar que ainda nos faltam andar 400 ou 500 quilómetros sozinhos e que basta um “chega” para pormos fim a uma série de pequenos sofrimentos diários, a tentação aparece. A liberdade de poder desistir é, sem dúvida, a grande tentação e desafio a vencer. Como qualquer liberdade, também esta é muitíssimo sedutora e pode rapidamente curvar-nos ao encanto que nos mostra. No meu caso concreto, essa sereia começava a falar-me ao ouvido pelas 16h00 dos dias de caminho e prolongava-se até parar. E não houve um único dia em que não tenha aparecido.

Numa linha costeira tão variada como a portuguesa, o que mais o encantou?

Em termos metafóricos, vi a nossa costa como uma sequência de um filme. A costa representa um processo complementar, uma vez que se entrelaça em paisagens e recortes diferentes, sendo quase impossível de acreditar que a praia de Moledo, a da Adraga ou a da Carrapateira ficam no mesmo país, a tão poucas centenas de quilómetros entre si. Mais do que identificar o ponto A ou B, encantou-me a diversidade de um país tão eclético e tão cénico, condensando tanta diversidade, cultura, bravura e esplendor em apenas 961 quilómetros de costa. Esta grande rota pedestre é a prova de que não é necessário ir muito longe para encontrar aquilo que muitas vezes se procura lá fora… A aventura está mesmo ao nosso lado, a passos de distância. Vivemos quotidianamente em zonas geográficas muito apertadas, num triângulo casa – trabalho – comunidade: e nem mesmo esse território é sempre totalmente conhecido. Se nos aventurarmos a sair desse triângulo com tudo o que precisarmos ao ombros, a previsibilidade e a rotina são imediatamente substituídos pela surpresa e o assombro da descoberta, e sobretudo pela liberdade de uma boa aventura, onde comandamos os nossos destinos durante o tempo que entendermos. Só precisamos mesmo de por todas as nossas desculpas de lado e começar a andar, seja em que direção for.

Lê a entrevista na íntegra aqui.

As primeiras comunidades de energia renovável - entrevista do Miguel Macias Sequeira, C22, à Ambiente Magazine

Miguel Macias Sequeira | C22 | Lenntech | Delfgauw, Holanda

O Miguel Macias Sequeira é engenheiro do ambiente e participou na 22ª edição do INOV Contacto, tendo realizado o estágio na Lenntech, Delfgauw, Países Baixos.

Atualmente é investigador em energia e clima na FCT-NOVA e voluntário na Parceria Local de Telheiras.

No passado dia 3 de março deu uma entrevista à Ambiente Magazine sobre a iniciativa Comunidade de Energia de Telheiras, um grupo de trabalho norteado por 3 ordens de objetivos:

- Ações de sensibilização sobre energia sustentável, alterações climáticas e pobreza energética para os residentes do bairro.

- Aconselhamento e apoio sobre eficiência energética, renovação de edifícios e energia renovável à escala local.

- Desenvolvimento de um projeto piloto para a primeira comunidade de energia renovável em Telheiras, envolvendo ativamente a população e agentes locais na sua dinamização.

No entender do Miguel, a criação de um grupo de trabalho formado com base em voluntários da comunidade dotados de conhecimento ou interesse na área da energia, é importante para se começar a dinamizar a transição energética no bairro de Telheiras: “Neste tema, como em muitos outros, para haver algum tipo de transformação à escala local é fundamental haver um grupo de pessoas motivadas para "puxar a carroça”. A inserção deste grupo central nas dinâmicas mais abrangentes da Parceria Local de Telheiras assegura também uma “maior legitimidade” das ações e um “maior envolvimento” da comunidade em todas as fases do projeto.

Após cumpridas as três linhas de ação, espera-se que o projeto seja um contributo para a transição para um “sistema energético mais sustentável, justo e inclusivo à escala do bairro de Telheiras”. Adicionalmente, “desejamos partilhar as experiências de Telheiras com outros bairros, de forma a potenciar a aprendizagem mútua e disseminar as comunidades de energia em Portugal”, remata.

Lê a entrevista na íntegra aqui.